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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sobre a semiótica...

Sendo a semiótica uma ciência nova e por ouvirmos - ou lermos - constantemente esse têrmo, procurarei falar alguma coisa sobre a mesma aqui no BLOG. Tal ciência estuda os Signos e como estes se relacionam, e tem diversas aplicações,sendo uma delas servir como ferramenta para o estudo de Comunicação e Linguística. Suas bases foram lançadas entre o final do século XIX e início do século XX, por dois cientistas: o americano Charles S. Peirce e o suiço Ferdinand de Saussure, sendo que o primeiro apresenta forte tonalidade filosófica e o segundo, linguística. Suas teorias não foram publicadas em vida. O que é signo? Resumidamente, um signo relaciona três elementos - segundo Peirce. É composto por: • um Objeto (que pode ser um fato); • um Interpretante (que pode ser a interpretação que alguém venha a fazer do fato - não confundir com "intérprete"); e • um Representâmen, que é o corpo do Signo em si. Assim, no Signo há uma relação tripla entre Objeto, Interpretante e Representâmen. A palavra "computador" é um Signo: • o seu Objeto pode ser um computador qualquer; • o Interpretante, para você - é o computador que vem à sua cabeça ao ler a palavra; e • o Representâmen é a própria palavra "computador". Na prática, o Representâmen é o veículo da informação. É fácil perceber que quaisquer informações dentro de um computador são Representâmens: imagens, figuras, sons que representam algum objeto do mundo real (e tão perfeitamente que chega-se a falar em realidade virtual!). Vale a pena se aprofundar mais! Ouça o áudio de 7 minutos sobre o que é semiótica.
Abraços,
Mariane
FONTE: http://usabilidoido.com.br/afinal_o_que_e_semiotica.html , em 25 de abril 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010


Interessante o texto de Emir Sader para a Revista "Carta o berro" sobre "Esquerda-Direita".Vale a pena ser lido, para reflexão!
Abraço,
Mariane


“Diante de alguns argumentos que ainda subsistem sobre o suposto fim da divisão entre direita e esquerda, aqui vão algumas diferenças. Acrescentem outras, se acharem que a diferença ainda faz sentido.
Direita: A desigualdade sempre existiu e sempre existirá. Ela é produto da maior capacidade e disposição de uns e da menor capacidade e menor disposição de outros. Como se diz nos EUA, “não há pobres, há fracassados”.
Esquerda: A desigualdade é um produto social de economias – como a de mercado – em que as condições de competição são absolutamente desiguais.
Direita: É preferível a injustiça, do que a desordem.
Esquerda: A luta contra as injustiças é a luta mais importante, nem que sejas preciso construir uma ordem diferente da atual.
Direita: É melhor ser aliado secundário dos ricos do mundo, do que ser aliado dos pobres.
Esquerda: Temos um destino comum com os países do Sul do mundo, vitimas do colonialismo e do imperialismo, temos que lutar com eles por uma ordem mundial distinta.
Direita: O Brasil não deve ser mais do que sempre foi.
Esquerda: O Brasil pode ser um país com presença no Sul do mundo e um agente de paz em conflitos mundiais em outras regiões do mundo.
Direita: O Estado deve ser mínimo. Os bancos públicos devem ser privatizados, assim como as outras empresas estatais.
Esquerda: O Estado tem responsabilidades essenciais, na indução do crescimento econômico, nas políticas de direitos sociais, em investimentos estratégicos como infra-estrutura, estradas, habitação, saneamento básico, entre outros. Os bancos públicos têm um papel essencial nesses projetos.
Direita: O crescimento econômico é incompatível com controle da inflação. A economia não pode crescer mais do que 3% a ano, para não se correr o risco de inflação.
Direita: Os gastos com pobres não têm retorno, são inúteis socialmente, ineficientes economicamente.
Esquerda: Os gastos com políticos sociais dirigidas aos mais pobres afirmam direitos essenciais de cidadania para todos.
Direita: O “Bolsa Família” e outras políticas desse tipo são “assistencialismo”, que acostumam as pessoas a depender do Estado, a não ser auto-suficientes.
Esquerda: O “Bolsa Família” e outras políticas desse tipo são essenciais, para construir uma sociedade de integração de todos aos direitos essenciais.
Direita: A reforma tributária deve ser feita para desonerar aos setores empresariais e facilitar a produção e a exportação.
Esquerda: A reforma tributária deve obedecer o principio segundo o qual “quem tem mais, paga mais”, para redistribuir renda, com o Estado atuando mediante políticas sociais para diminuir as desigualdades produzidas pelo mercado.
Direita: Quanto menos impostos as pessoas pagarem, melhor. O Estado expropria recursos dos indivíduos e das empresas, que estariam melhor nas mãos destes. O Estado sustenta a burocratas ineficientes com esses recursos.
Esquerda: A tributação serva para afirmar direitos fundamentais das pessoas – como educação e saúde publica, habitação popular, saneamento básico, infra-estrutura, direitos culturais, transporte publico, estradas, etc. A grande maioria dos servidores públicos são professores, pessoal médico e outros, que atendem diretamente às pessoas que necessitam dos serviços públicos.
Direita: A liberdade de imprensa é essencial, ela consiste no direito dos órgãos de imprensa de publicar informações e opiniões, conforme seu livre arbítrio. Qualquer controle viola uma liberdade essencial da democracia.
Esquerda: A imprensa deve servir para formar democraticamente a opinião pública, em que todos tenham direitos iguais de expressar seus pontos de vista. Uma imprensa fundada em empresas privadas, financiadas pela publicidade das grandes empresas privadas, atende aos interesses delas, ainda mais se são empresas baseadas na propriedade de algumas famílias.
Direita: A Lei Pelé trouxe profissionalismo ao futebol e libertou os jogadores do poder dos clubes.
Esquerda: A Lei Pelé mercantilizou definitivamente o futebol, que agora está nas mãos dos grandes empresários privados, enquanto os clubes, que podem formar jogadores, que tem suas diretorias eleitas pelos sócios, estão quebrados financeiramente. A Lei Pelé representa o neoliberalismo no esporte. Direita: O capitalismo é o sistema mais avançado que a humanidade construiu, todos os outros são retrocessos, estamos destinados a viver no capitalismo.
Esquerda: O capitalismo, como todo tipo de sociedade, é um sistema histórico, que teve começo e pode ter fim, como todos os outros. Está baseado na apropriação do trabalho alheio, promove o enriquecimento de uns às custas dos outros, tende à concentração de riqueza por um lado, à exclusão social por outro, e deve ser substituído por um tipo de sociedade que atenda às necessidades de todos.
Direita: Os blogs são irresponsáveis, a internet deve ser controlada, para garantir o monopólio da empresas de mídia já existentes. As chamadas rádios comunitárias são rádios piratas, que ferem as leis vigentes.
Esquerda: A democracia requer que se incentivo aos mais diferentes tipos de espaço de expressão da diversidade cultural e de opinião de todos, rompendo com os monopólios privados, que impedem a democratização da sociedade.”
Por Emir Sader.
Editado por Jussara Seixas, em 13.4.10.2010

sábado, 10 de abril de 2010

Relatório da CONAE 2010- Fique por dentro!


Segue, breve relatório da Conferência Nacional de Educação-2010 do Prof. José Adinan Ortolan, Coordenador da CONAE-SP
São Paulo, 03 de Abril de 2010

Encerramos na última quinta-feira em Brasília, a etapa final da Conferência Nacional da Educação (CONAE) com a presença do presidente Lula, do ministro da educação Fernando Haddad e de cerca de 3 mil delegados eleitos em todos os Estados da
federação. Você foi parte integrante desse processo. Mesmo que não tenha sido um delegado nacional, sua opinião, suas idéias e suas esperanças estiveram conosco nos cinco dias da CONAE. Nem tudo aquilo que você defendia foi aprovado e algumas coisas que você não concorda farão parte do documento nacional. Porém, a maior parte daquilo que acreditamos será parte integrante do Plano Nacional da Educação
(2011-2020). Quando esse documento for aprovado pelo Congresso Nacional, cada um de nós poderá dizer que participou do processo de elaboração e que ajudou a construir aquilo que acredita para a educação de nosso país.
Veja as principais decisões da CONAE:
- Criação do Sistema Nacional da Educação que vai articular as ações educacionais em todos os níveis e todas as áreas;
- Criação do Fórum Nacional da Educação que terá poderes mais amplos que Conselho Nacional da Educação;
- Mudanças dos Conselhos Nacional, Estadual e Municipal que deverá ter seus membros eleitos de forma democrática e representar os segmentos da área da educação;
- Gestão democrática da educação deve ser estendida também para o setor privado;
- Melhoria dos programas de assistência ao estudante;
- Fortalecimento do ensino público e gratuito;
- Reserva de vagas nas universidades públicas para um mínimo de 50% de alunos egressos do ensino médio, sendo respeitada a proporcionalidade de negros(as) e indígenas de cada ente federado a que pertence a instituição;
- Ampliação do atendimento de creche, ensino fundamental em período integral e ensino médio profissionalizante;
- Ampliação da Educação de Jovens e Adultos e de programas de combate ao analfabetismo;
- Financiamento das matriculas públicas através do Custo Aluno/a Qualidade (CAQ);
- Ampliação da gratuidade dos cursos do sistema “s”;
- Construção de um Referencial Nacional para a Formação de Professores;
- Formas de melhoria salarial dos profissionais da educação com piso
salarial de R$ 1.800,00;
- Sistema de dedicação exclusiva do professor num único cargo, sendo que até 2015, 1/3 da carga horária será destinada a horas-atividade;
- Licença automática e remunerada para cursas mestrado e doutorado;
- Formação inicial do professor de forma presencial e o EAD (Ensino á distância) somente de forma excepcional e rigidamente regulamentado;
- Diretrizes de carreira sem o sistema de premiação/punição;
- Ampliação gradativa dos recursos da educação até que seja aplicado 10% do PIB na educação pública;
- Ampliação dos recursos vinculados de 18% para 25% dos recursos da União e de 25% para 30% dos recursos dos Estados e Municípios;
- Criação da Lei de Responsabilidade Educacional;
- Criação do programa de Educação Fiscal para a cidadania;
- Destinar 50% dos recursos do Fundo Social e dos royalties do petróleo e do pré-sal para a educação;
- Fortalecimento das medidas de inclusão e de educação para a diversidade, com a introdução da educação para comunidades quilombolas, o combate à homofobia e outras formas de preconceito;
-recursos públicos para a educação pública, sendo que à partir de 2018 os
recursos do FUNDEB não poderão mais financiar instituições privadas.
Tão logo a Comissão de Sistematização divulgue o documento final, ele será disponibilizado pelo endereço eletrônico www.mec.gov.br/conae.
Todas essas decisões ainda poderão ser modificadas pelos órgãos técnicos do Governo Federal e pelo Congresso Nacional.
Portanto, todo conhecimento sobre esse documento final e seu encaminhamento faz-se necessário para garantia de nossas conquistas, ainda que lentas.
Abraços,
Mariane

sexta-feira, 9 de abril de 2010

"A mídia e a educação"


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Leia abaixo carta do Professor Dermeval Saviani sobre a Conae e sua divulgação - ou não - na mídia. Bem pertinente.
Abraços,
Mariane

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Educação
"A mídia, de modo geral, incluída a Folha, comunga com empresários e políticos o discurso, mais ou menos unânime, de que a educação, na dita "sociedade do conhecimento", em que nos encontramos atualmente, é a coisa mais importante, devendo ser, portanto, a prioridade número 1 dos governos e da sociedade como um todo.
No entanto, assim como os governos relutam em traduzir a referida prioridade em mais investimentos, a mídia também se nega a traduzi-la no noticiário referente às iniciativas educacionais. A semana que passou foi palco de um dos principais acontecimentos da educação brasileira: a Conferência Nacional de Educação (Conae), aberta em Brasília na noite de 28 de março, e encerrada no dia 1º de abril.
Essa conferência tratou de dois temas fundamentais: a organização do Sistema Nacional de Educação e a elaboração do Plano Nacional de Educação, que deverá substituir o atual. Dos resultados da Conae deverão sair projetos de lei a serem encaminhados ao Congresso Nacional para discussão e aprovação.
Apesar da grande importância desse acontecimento, a mídia falada e escrita nada publicou a respeito. Acompanhei como assinante a Folha para ver o que seria publicado sobre o assunto. A Conae se encerrou e nada encontrei. Como explicar essa omissão da mídia diante de algo que ela mesma proclama como de transcendental importância? Seria tal proclamação apenas uma máscara a disfarçar o desinteresse de nossas elites dominantes e dirigentes no que se refere a uma educação que efetivamente venha a propiciar a toda a população brasileira uma visão clara e consistente da situação em que vive?"
DERMEVAL SAVIANI, professor emérito da Unicamp (Campinas, SP)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Conferência Nacional de Educação/2010

Ocorreu em Brasília, dos dias 28 de março a 1º de abril deste ano, a Conferência Nacional de Educação, evento de suma importância não somente para os profissionais ligados a área, mas a sociedade como um todo. A referida conferência tem como um de seus objetivos avaliar o Plano Nacional de Educação instituito a dez anos e que tem seu prazo findo em 2011, propondo novas metas para os próximos anos. Apesar de tamanha relevância, pouco se ouviu a respeito. Talvez nos discursos eleitorais que se aproximam, a conferência venha à tona. Sendo assim,é importante que nós, educadores, tenhamos conhecimento sobre essa Conferência e sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) em si, para que possamos discutir com nossos pares e mesmo com os políticos que "dizem estar" - ou estão - comprometidos com a educação. Anexei um vídeo resumido sobre o Conae - apresentado no primeiro semestre de 2009, quando a Conferência estava sendo preparada, em uma edição especial no "Salto para o Futuro", numa entrevista feita com os professores Jamil Cury -PUC MG-, Dermeval Saviani - UNICAMP SP, Arlindo Queiróz- Diretor de Programa da Secretaria adjunta do MEC. É interessante também que esse vídeo deixa bem claro o erro de interpretação (?) de alguns governadores sobre o Piso Nacional do Magistério.Ouçam e, se possível, passem para frente. Abraços, Mariane